A direcção do clube decidiu manifestar publicamente o apoio à decisão do governo em suspender o acesso às reformas antecipadas.
Aproxima-se mais um relatório de mudança de época - surgirá já na próxima terça-feira - e a expectativa sobre as evoluções dos jogadores é grande. Umas serão visíveis (idealmente muitas), outras nem por isso. No entanto, existe um outro aspecto que desde há algum tempo surge associado ao dia em que é revelado este relatório: o anúncio das retiradas dos jogadores no final da época que se segue.
As retiradas dos jogadores são sempre bastante mal recebidas pelo treinadores. Tratam-se normalmente de jogadores importantes para o plantel, que já passaram várias épocas no clube, e cuja substituição é muitas vezes difícil, levando por vezes ao enfranquecimento do onze inicial, que nem mesmo mesmo o recurso a contratações relâmpago acaba por colmatar, em grande parte devido a questões financeiras e/ou de fraca compatibilidade.
Os efeitos para a equipa são normalmente tão mais nefastos quanto mais cedo o jogador se devida retirar. Existe uma idade a partir do qual o treinador já espera que o jogador queira por um termo à sua carreira, mas por vezes existem jogadores impacientes que não querem esperar e deixam de jogar cedo, quiçá para abraçar uma nova carreira dentro do futebol, que normalmente passa por treinador, comentador desportivo ou empresário, ou mesmo outra qualquer actividade fora do desporto.
A pensar em tudo isto, ao tomar conhecimento da decisão do governo português em suspender as reformas antecipadas, a direcção do Samba Juniors decidiu enviar à administração do X11 um pedido para a extensão da medida aos jogadores que militam nas ligas xpertianas, de modo a evitar o empobrecimento dos planteis das equipas neste tempos de crise.
Em traços gerais, a proposta do executivo presidido por Joaquim Boavida assenta nos seguintes pressupostos:
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Os jogadores com menos 37 anos deverão ser impedidos de terminar as suas carreiras de forma unilateral. Os clubes poderão no entanto continuar a dispensá-los quando pretenderem, sem que tal venha a gerar custos para as entidades patronais.
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Como excepção ao ponto anterior estão os jogadores que, tendo mais de 33 anos, joguem menos de 50% das partidas na época desportiva imediatamente anterior, ou seja, que passem mais tempo a aquecer o banco ou a bancada em vez de trabalhar para o sucesso da equipa.
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Estas medidas vigorarão pelo tempo em que durar a crise económica, ou seja, até dia de São Nunca à tarde (isto porque a manhã já está reservada à resolução do problema do desemprego).
Em declarações à Samba Juniors TV, Joaquim Boavida está confiante que as suas propostas serão tidas em conta pela administração do X11 e que terão bastante aceitação por parte de grande parte dos treinadores.
Contactados pelo mesmo canal, Sebastião Cantona, Dani Silvestre e Felisberto Paim, líderes das várias frentes sindicais, mostraram o seu desagrado face a esta proposta, e prometeram lançar mãos de todas as formas de luta ao seu alcance para impedir que esta seja posta em prática.