Desde a introdução do valor de desenvolvimento e da importância acrescida da experiência de jogo no desenvolvimento do jogador, tem havido muita discussão e têm surgido teorias baseadas em mal-entendidos e falsos pressupostos. Para colocar os pontos nos “is” e descartar as más interpretações mais comuns iremos, neste artigo, tentar explicar e comentar os tópicos mais falados.
O objectivo e as nossas intenções
A razão para a introdução do valor de desenvolvimento e aumento da importância da experiência de jogo é, basicamente, para criar uma melhor simulação do mundo real. Jogadores que competem num meio envolvente menos competitivo não se deveriam desenvolver tão facilmente como jogadores do mesmo nível que compete num meio de um nível mais alto.
Quisemos também criar condições para que existissem várias formas de conseguir desenvolver uma grande equipa. No sistema antigo, praticamente apenas existia uma forma de conseguir construir uma grande equipa, que era conseguir uma equipa recheada de jovens e bombeá-los com treinos de forma. Após esta mudança, haverá diversas formas de conseguir desenvolver uma equipa.
Desde a introdução do valor de desenvolvimento, fomos realizando alguns ajustamentos ligeiros na experiência de jogo, reduzindo um pouco as diferenças entre os jogadores. Isto significa que menos jogadores receberão quer a mínima quer a máxima experiência durante um jogo, o que sucedia bastantes vezes inicialmente, logo após a implementação do novo sistema.
Abaixo iremos comentar e explicar os mal-entendidos mais comuns e as discussões mais vistas nos fóruns.
“Um jogador que jogue todos os jogos devia ter garantidamente um VD pelo menos igual à FM”
Este é um argumento muito comum, que é semelhante ao seguinte argumento:
“O Theo Walcott conseguiria desenvolver as suas capacidades tão facilmente jogando no Leeds Utd como se jogasse no Arsenal, bastando que jogasse todos os jogos durante a temporada.”
Discordamos neste ponto. Não achamos que um jogador que tenha companheiros de equipa mais fracos e que defronte adversários mais fracos deva conseguir desenvolver-se tão bem como se tivesse colegas de equipa e defrontasse adversários mais fortes. Ele poderá desenvolver-se jogando num nível mais baixo, mas teria que ter uma forma mais alta ao longo da época em comparação com um jogador que jogue num num nível mais baixo. É também provável que o jogador consiga manter uma forma mais alta mais facilmente com companheiros de equipa e adversários fracos, uma vez que o seu desempenho seria melhor, tendo um efeito positivo na sua forma.
“Esta mudança beneficia as equipas que só têm jovens”
Esta é uma crença comum, mas não existem provas reais para esta teoria. Foram feitos muitos testes antes da implementação e, no nosso ambiente de desenvolvimento, as equipas que mais beneficiaram foram aquelas que dispunham de uma boa mistura de jogadores no que toca a idades. As equipas só de jovens não figuraram entre as mais beneficiadas com o novo sistema. Porém, equipas com jovens de nível baixo defrontando adversários muito mais fortes darão por si a desenvolver-se melhor do que antes. Por isso, poderá haver excepções.
“Esta mudança só beneficia equipas com jogadores velhos”
Surpreendentemente, esta é também uma crença comum. Equipas constituídas por jogadores velhos serão aquelas que provavelmente perderão mais com o novo sistema, uma vez que os jogadores velhos têm mais probabilidade de perder nível. Jogadores mais velhos com nível alto continuarão a ter valor numa equipa, uma vez que farão os seus colegas de equipa ganhar mais experiência. Mas uma equipa com um plantel constituído por jogadores velhos sem talentos para o futuro tem poucas probabilidades de sucesso.
“Esta mudança beneficia apenas as equipas com plantéis pequenos”
Esta é também uma conclusão falsa que muitos tomam como verdadeira. Podemos voltar a referir os nossos testes pré-implementação, nos quais as equipas que beneficiaram mais não foram as que tinham plantéis pequenos. É fácil acreditar isso fosse acontecer, e aconteceria mesmo se a experiência ganha em cada jogo fosse igual. Mas o primeiro jogo da época tem mais peso na experiência de jogo de cada jogador do que os últimos jogos que disputar, por isso esta mudança acaba por não trazer grandes diferenças para plantéis grandes e pequenos.
“As diferenças de nível serão equalizadas e todas as equipas terão a mesma força”
É óbvio que haverá alguma equalização entre equipas, especialmente em ligas onde as mesmas equipas se defrontam constantemente entre si. Mas isto não devia ser exagerado, pois será uma mudança marginal e apenas perceptível quando houver grandes diferenças de nível entre as equipas. Continuará a existir uma grande distinção na forma como os treinadores gerem as suas equipas, e isso terá reflexos na qualidade dos plantéis.
“A diferença de níveis vai ser nivelada e todos os jogadores vão ter o mesmo nível”
Vai obviamente haver algum nivelamento entre jogadores, porém este não será exagerado, sendo mesmo apenas ligeiramente notado em jogadores que têm um nível muito alto ou muito baixo comparado com os seus colegas de equipa e adversários. Vão continuar a existir grandes diferenças entre o desenvolvimento dos jogadores, alguns a evoluir mais que outros, principalmente consoante as oportunidades que lhes forem dadas pelo treinadores.
“Ficou demasiado complicado”
Supostamente deveria ser mais fácil agora dado que depende apenas de um valor, em vez de ter de se coordenar os valores da forma média e da experiência de jogo separadamente. Esse único valor, o valor de desenvolvimento, funciona da mesma maneira que a forma média, ou seja, se um jogador tem um VD acima de 10 antes da mudança de temporada vai subir de nível, se tiver menos de 10 o nível vai baixar. Antes a experiência de jogo não causava grande agitação porque era muito fácil atingir os 100% em todos os jogadores, no entanto agora não há limite para atingir e é provavelmente isso que torna este processo mais complicado para os treinadores.
No fundo, a maioria dos treinadores não necessitam de ter mais que estes pontos em consideração:
1) Quantos mais encontros o jogador alinhar melhor;
2) Quanto mais alta a forma do jogador melhor;
3) Quanto mais nível tiverem os companheiros de equipa e adversários de um jogador nesse encontro, melhor;
4) Se o VD for maior que 10 antes da mudança de época o nível do jogador vai aumentar;
5) Se o VD for menos que 10 antes da mudança de época o nível do jogador vai diminuir.
Quase todos os treinadores se esforçam para igualar o VD à forma média em todos os seus jogadores acreditando que isso seria o ideal para o desenvolvimento da sua equipa. Se um jogador falhar esse objectivo vêm isso como um falhanço, mas tal pensamento é uma ilusão. Dar muitos jogos a um jogador para igualar a forma média ao VD pode não ser benéfico para o desenvolvimento da equipa, sendo por vezes melhor ajudar outro jogador a superar a FM. Por exemplo, se tiver um jogador com 30 anos e com uma forma média de 15 e VD de 11 talvez não seja o melhor esforçar-se para lhe subir o VD para os valores da forma média, já que de qualquer maneira não irá desenvolver muito o seu nível, tendo o VD a 11 ou a 15.
Apesar de tudo compreendemos o desejo de existir algo que proporcione ao treinador uma forma fácil e concreta de se guiar no que toca ao valor de desenvolvimento. No entanto não queremos introduzir indicadores que os façam perseguir ilusões, pelo que a solução que encontrámos que vai permitir ao treinador decidir se o jogador não está a receber tempo de jogo suficiente foi introduzir um treinador adjunto.
Recomendação do treinador adjunto
Para vos ajudar neste capítulo, aquando da escolha do onze inicial, na página onde o define, irão agora encontrar recomendações do treinador adjunto na caixa de informações de alguns jogadores. O treinador adjunto irá-lhe dizer quais os jogadores que seria mais proveitoso conceder mais tempo de jogo no que toca ao desenvolvimento do nível do jogador no final da temporada, assumindo que o jogador irá manter a forma média actual e que lhe será dada razoavelmente a mesma percentagem da experiência de jogo total da equipa o resto da temporada. Isto significa que as recomendações poderão ser alteradas ao longo da temporada se a forma média dos jogadores ou se a sua parte de experiência de jogo adquirida for alterada. O treinador adjunto vai sempre recomendar mais tempo de jogo àqueles jogadores que mais iriam aproveitar jogar a próxima partida assumindo que os factores ocorridos até agora se manteriam inalterados para o resto da temporada.
Iwe
The Xpert Crew