O The AntiChrists apresentou-se para este jogo na sua máxima força com todos os seus jogadores disponíveis e no seu habitual 4-5-1 utilizado em toda a prova, por sua vez o SparkaSpring foi a jogo desde logo com uma novidade: na baliza o jovem guarda-redes Chuck Nixon (perante a baixa de peso, Joshua Routhledge ) e o também jovem Ciro Penotti na defesa (com Allan Demian em dúvida, a recuperar de uma prolongada lesão, sentado no banco). Chegou a pairar a dúvida se Svajo iria alterar o seu modelo de jogo habitual devido ao sector defensivo menos experiente do que nos habituou noutros palcos, mas tal não se sucedeu. No banco o AntiChrists tinha 5 soluções, embora na prática apenas 2 viáveis. Já o SparkaSpring tinha 5 jogadores todos eles capazes de mexer com o jogo a qualquer momento.

A equipa orientada pelo Chrille até começou melhor esta grande partida de futebol ao conseguir ter mais posse de bola nos minutos iniciais, mas a o primeiro ocasião de golo pertenceu ao SparkaSpring no contra-golpe. Um passe do médio Ricardo Rodriguez deixou Fabiano Guterres isolado na cara de Claus-Dieter Matern, Fabiano respondeu ainda melhor ao enveredar o esférico por debaixo das pernas de Claus para o fundo da baliza. Estava feito o primeiro golo da partida aos 8' minutos, mas...  o árbitro invalidou o golo, Guterres estaria em posição clara de fora-de-jogo para desespero dos muitos adeptos do Sparka. A avalanche ofensiva do SparkaSpring começava a produzir os seus frutos e ficava o primeiro aviso que a equipa queria decidir o jogo desde cedo. No entanto, a equipa do AntiChrists conseguia, mais uma vez, ter mais bola e trocá-la no seu meio-campo. Aos 15 minutos a equipa do Chrille sofreu um forte revés com a lesão do defesa Yuichi Nakaharai  sendo rendido por Stephen Bainbridge. Apesar de tudo o que esta substituição representou, a equipa continuava a contar com Julien Exton para marcar os lances de bola parada e até aos 35 minutos a equipa não acusou de forma alguma a substituição e continuou a manter a posse, parecia ser estratégico pois os jogadores não arriscavam muito na manobra ofensiva. Com o aproximar do descanso a equipa do SparkaSpring procurou de forma mais intensa chegar ao tento, era importante marcar nesta fase do desafio e permitiria criar uma embalagem diferente para encarar a 2ª parte. Esse golo acabou mesmo por acontecer na segunda grande ocasião, com Guterres novamente em evidência, após um cruzamento com conta peso e medida de Ash Rawlinson  o avançado do SparkaSpring cabeceou de forma imperial não dando qualquer hipótese ao guarda-redes do The AntiChrists. À segunda foi de vez, aos 37 minutos Fabiano Guterres  inaugurou o marcador.
Nos minutos após o golo ambas as equipas travaram um duelo interessante pela posse, sem qualquer consequência e o jogo chegou ao intervalo com 0 - 1 para o Sparka.

A segunda parte começou precisamente de forma oposta à primeira, com o Sparka a segurar a bola e a tentar pautar a velocidade de jogo, como havia feito o AntiChrists durante praticamente todo o primeiro tempo. Sem surpresas a primeira ocasião de golo a pertencer à equipa do AntiChrists, através de uma forte incursão de Sakib Ratib pela ala que o deixou em posição muito favorável para igualar o marcador, mas a conclusão deixou algo a desejar. Apenas aos 51 minutos de jogo o jovem guardião das malhas do Sparka, Chuck Nixon, havia sido posto à prova pelo que respondeu à altura do que se lhe exigia. Mas Chuck viría a ser novamente testado à passagem do minuto 58 quando Julien Exton  na marcação de um livre colocou a bola de forma exímia na baliza do jovem guarda-redes, sem que este nada pudesse fazer. Estava restabelecida a igualdade no marcador num período que coincidiu com um domínio praticamente absoluto da equipa comandada por Chrille. O treinador Svajo tinha de mexer na equipa na tentativa de trazer maior frescura ao centro do terreno onde o AntiChrists era dono e senhor. Aos 65 minutos, Svajo retira o médio Erfan Tonton, que passou praticamente ao lado do jogo, para fazer entrar Bernie Flynn. Apesar disso, 2 minutos haviam decorrido quando Raimond Numan  isola-se diante de Chuck, mas o jovem guarda-redes do Sparka opôs-se, uma vez mais, de forma categórica. A alteração produzida por Svajo começava a colher os seus frutos, era a melhor fase da partida para o Sparka que finalmente conseguia trocar a bola de forma assertiva. Sparka tinha um manancial de soluções no banco e aos 70 minutos tentando dar ainda maior frescura no ataque para a recta final da partida, saia Mark Heidenreich  desinspirado para dar lugar a Josh Mutch . Ainda assim a defesa do Sparka parecia acusar já algum desgaste fruto da forma como encarou este desafio e nos minutos finais a pressão do AntiChrists foi tremenda em que os jogadores do Sparka tiveram de recorrer à falta para travar as investidas do adversário. Aos 85 minutos acontece aquele que foi o momento chave do jogo dentro do seu período regulamentar. Julian Exton tinha nos pés a oportunidade de matar o jogo através de um livre com muito perigo para a baliza de Chuck, no entanto para alívio de toda a falange do Sparka, Julian atirou ao lado. Antes do tempo regulamentar Ivan Nino entrou de forma dura sobre Ricardo Rodriguez que viria a sair lesionado pouco tempo depois. O experiente Greg Tobin ocupou o seu lugar. A equipa de Svajo acabou por ter algum ascendente nos minutos finais, mas ambas as equipas tinham já em mente o prolongamento e qualquer deslize nesta fase seria fatal.

O inicio da primeira parte do prolongamento correu de feição à equipa que mais alterações fez no seu onze e portanto estando teoricamente mais forte. No entanto, as 3 substituições haviam sido esgotadas do lado do Sparka enquanto que Chrille tinha ainda 2, na prática 1. Não obstante a isso, era a equipa do AntiChrists que chegava com mais sucesso a incomodar a baliza adversária como aconteceu aos 96 minutos com Greger Stolpe  a desviar a bola de cabeça por cima da trave. Ficava aqui o primeiro sinal de que a ansiedade começava a tomar conta dos jogadores do Sparka e que, pelo contrário, o AntiChrists jogava mais com a inteligência. As oportunidades de golo sucederam-se então com Numan a tentar bisar a baliza de longe. O AntiChrists fechou estes primeiros 15 minutos em alta.

A segunda parte foi uma extensão do que aconteceu em bom rigor durante praticamente toda a 2ª parte do tempo regulamentar e os primeiros 15 minutos do prolongamento. Foi ao minuto 107 que o delírio aconteceu quando Paulo Cassiano  fez aquilo que se exige dos pontas de lança que sejam eficazes e Cassiano foi 100% eficaz e marcou na única oportunidade que teve, festejando efusivamente um chapéu de cabeça de belo efeito. Foi o experiente capitão Roger Federer  que marcou o canto que deu origem ao golo. Os jogadores do AntiChrists sabiam que estavam já com os dois pés no pódio para receber o caneco, pelo que limitaram-se a defender uma última pressão exercida pelo Sparka nos minutos finais. O AntiChrists conquistava assim a XXXVI edição da Xpert Champions League. A estatística mostra a justiça no resultado com 61- 39 em posse de bola e 7 - 1 em oportunidades de golo a favor do vencedor.

Numa eliminatória final, em que o troféu viajou de sueco para sueco: do campeão da edição anterior para o actual vencedor. Um jogo interessante com a luta entre o 4-5-1 e o 3-5-2, duas formações de posse, ganhou aquela que se conseguiu se superiorizar durante a maioria do jogo no centro do terreno e também mais bem preparado tacticamente, com nota de 4 estrelas do vencedor contra 3 do adversário. O que reforça a vitória incontestável.
No rescaldo do jogo, Svajo deu os parabéns ao adversário pelo excelente jogo, considerando-o um vencedor justo. Por seu turno, Chrille estava muito feliz com o triunfo, destacando que a abordagem nesta edição foi bastante árdua, mas que acabou por valer a pena, embora não tenha sentido uma enorme obrigação de a vencer. Salientou ainda, que existe um longo percurso a percorrer.

Chrille cimentou desta forma a Hattrick League no segundo posto das ligas oficiais com mais XCL conquistadas (fruto das campanhas tanto do The AntiChrists como do Samba Juniors), aproximando-a cada vez mais da Xpert International. Svajo não conseguiu dar o terceiro título para Major League que a juntaria ao lote de ligas que compõem o 4º lugar.

Chrille deu mais um troféu para os suecos, sendo o terceiro consecutivo, depois do tri-campeão australiano ShadowsDT, isolando cada vez mais a Suécia no topo.
 

Chrille triunfa pela segunda vez na Xpert Champions League ficando cada vez mais perto de atingir a marca de Nobego, ShadowsDT e Motorroger.
(Chrille é também o único treinador a conseguir o HoF em ambas as ligas oficiais, masculinas e femininas, faltando-lhe apenas um troféu: Xpert Ladies Cup.)

Resta agora aguardar pela XXXVII edição da Xpert Champions League que promete ser histórica. Como não podia deixar de ser, o Xpert Daily irá acompanhar o percurso das muitas equipas e treinadores portugueses com artigos e enviados especiais.
São seis, os já apurados treinadores portugueses: Gialorosso (AS Roma), vencedor da Super League; Pmsea (Caricatos FC), vencedor da Super League Cup; Lmags (AC Azeitão United), finalista da Major League Cup; Laranjamecanica5 (Darmstadt Madness), vencedor da Xpert League; MarioMeirelles (MM United), vencedor da Power League Cup e Engenheiro.Lucas (Cleptomaniacos CF), finalista da Hattrick League Cup.

Neste momento, encontra-se ainda uma equipa lusa na luta por um troféu, uma Taça, que poderá significar mais uma presença no lote dos finalistas: Matsugohei (FC Laranjas Podres) que irá disputar a  final da Xpert International Cup. Boa-sorte!